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Detetado pico de radioatividade sobre a Europa, Rússia é suspeita

Entre o final de setembro e meados de outubro foi detetado na atmosfera sobre a Europa um nível elevado de poluição radioativa. Segundo um relatório do instituto francês de segurança nuclear IRSN divulgado quinta-feira, a "zona de origem mais plausível" situa-se na Rússia.

A antiga central nuclear de Chernobyl, norte da Ucrânia
A antiga central nuclear de Chernobyl, norte da Ucrânia

Já passou e não coloca perigos para a saúde ou para o meio ambiente, mas uma nuvem de ruténio-106 passou por praticamente todo o continente europeu - Portugal, Irlanda e Islândia parecem ter sido os "cantinhos" da Europa que não foram afetados.

O IRSN suspeita da Rússia, uma vez que as medições que fez delimitam a zona de origem da fuga aos Montes Urais - ou, no máximo, no Cazaquistão.

Põe no entanto de lado a hipótese de ter sido um acidente num reator nuclear, dizendo ser mais provável uma fuga num centro de tratamento de resíduos nucleares.

"A fuga, acidental dada a quantidade libertada, terá ocorrido na última semana do mês de setembro de 2017", especifica o IRSN. Os resultados das medições "confirmam que a zona de fuga mais plausível situa-se entre (o rio) Volga e os (Montes) Urais", lê-se no comunicado publicado no site.

"Desde 13 de outubro de 2017 que o ruténio-106 não foi detetado em França", afirma o instituto. Desde 6 de outubro que os níveis do elemento radioativo foram diminuindo e, nesta altura, já não é detetado em nenhum país europeu, garante.