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Quádruplo atentado-suicida provoca 12 mortos na Nigéria

Doze pessoas morreram esta quarta-feira à noite quando quatro bombistas suicidas se fizeram explodir em Maiduguri, no nordeste da Nigéria, há oito anos alvo dos ataques do grupo jihadista Boko Haram.

Quádruplo atentado-suicida provoca 12 mortos na Nigéria
Tyrone Siu

Quatro atacantes suicidas, dois homens e duas mulheres, fizeram-se explodir no bairro de Muna Garage pelas 18h00 locais (17h00 em Lisboa), matando pelo menos 12 civis, disse o chefe da segurança da Agência de Gestão das Emergências do Estado de Borno (SEMA), Bello Dambatta, citado pela agência noticiosa francesa AFP.

"No total, 12 pessoas morreram nos quatro atentados-suicida, 16 contando com os atacantes", declarou.

Ficaram também feridas 22 pessoas que foram transportadas para o hospital "para receberem tratamento por ferimentos diversos".

Segundo o responsável, a primeira explosão ocorreu no meio dos fiéis, durante a oração da noite, matando sete pessoas.

Em seguida, uma atacante suicida entrou numa casa e aí detonou os seus explosivos, matando uma mulher grávida e o seu filho.

Os outros dois '"kamikazes" fizeram-se explodir antes de chegarem junto dos seus alvos, acrescentou.

A fação do grupo jihadista nigeriano Boko Haram, dirigida por Abubakar Shekau, não tem por hábito reivindicar os seus atentados, mas o "modus operandi" (atentado-suicida contra civis) é a assinatura do grupo.

Desde o seu aparecimento, há oito anos, o Boko Haram, que lança ataques e comete atentados-suicidas na Nigéria mas também nos países vizinhos, como os Camarões, o Níger e o Chade, fez pelo menos 20.000 mortos.

As autoridades nigerianas afirmaram diversas vezes que o grupo estava prestes a ser derrotado, mas os ataques a aldeias e a colunas militares, bem como os atentados-suicidas contra civis prosseguem.

Na passada sexta-feira, pelo menos três soldados nigerianos e um miliciano foram assim mortos e outros dez soldados ficaram feridos numa emboscada preparada pelo Boko Haram junto à floresta de Sambisa, um dos seus bastiões, no nordeste do país.

Lusa