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Greenpeace lembra pessoas mortas na Amazónia e exige medidas

Um grupo de ativistas do Greenpeace manifestou-se esta terça-feira para relembrar as pessoas mortas na Amazónia e pedir o fim da impunidade em relação aos crimes, que podem atingir um número recorde este ano, anunciou a organização ambiental.

Greenpeace lembra pessoas mortas na Amazónia e exige medidas
Ueslei Marcelino

Com palavras de ordem como "Salvem a Amazónia" ou Basta de madeira ilegal", os manifestantes concentraram-se em frente ao Congresso do Brasil para exibir um enorme mapa verde da região amazónica brasileira, com cruzes com os nomes das pessoas mortas no local.

"Estamos em frente ao Congresso para mostrar aos políticos os danos causados pela falta de ação no combate à extração ilegal de madeira. A destruição da Amazónia é responsável pela violência, queremos paz na selva", refere o Greenpeace em comunicado.

A organização lembrou ainda o chamado "massacre de Colniza", perpetrado em abril, quando "quatro homens armados com facas, revólveres e espingardas" estiveram numa área rural no estado de Mato Grosso "com o objetivo de matar e aterrorizar a população local".

O grupo de extermínio percorreu cerca de 10 quilómetros, executando nove pessoas e torturando outras, de acordo com o Greenpeace.

De acordo com a queixa do Ministério Público, o ataque foi motivado pela "ganância" dos madeireiros para obter os recursos de grande valor que existem na região, que abriga espécies de árvores amplamente utilizadas para mobiliário de alta qualidade.

As autoridades apontam para Valdelir Joao de Souza, conhecido como "Marceneiro Polaco" e proprietário de empresas madeireiras, como indutor do crime.

Valdelir Joao de Souza está em fuga, mas as suas empresas continuam a trabalhar.

Lusa