Schulz disse à imprensa em Berlim que os sociais-democratas vão conversar com os outros partidos, mas frisou que as conversações "não vão orientar-se automaticamente numa direção específica", deixando em aberto se vai haver uma coligação de governo ou um acordo parlamentar.
"Se o resultado das conversações for que vamos participar na formação de um governo, seja qual for a sua forma ou constelação, os militantes do nosso partido serão chamados a votar" um tal acordo, disse.
Martin Schulz admitiu que as conversações devem prolongar-se por várias semanas.
Até agora, Schulz, apoiado pela direção do partido, tinha repetidamente excluído uma reedição da "grande coligação" entre o SPD e a União Democrata-Cristã (CDU) de Angela Merkel que governou a Alemanha nos últimos quatro anos.
Hoje, o líder social-democrata explicou que o partido foi levado a reconsiderar essa posição depois da reunião que manteve, na quinta-feira, com o presidente, Frank-Walter Steinmeier.
Steinmeier pediu a todos os partidos, exceto a extrema-direita e a extrema-esquerda, que mostrassem disponibilidade para um diálogo com vista à formação de um governo, depois de fracassarem as negociações entre a CDU, o Partido Liberal (FDP) e os Verdes, no domingo passado.
Lusa