O animal que teria aproximadamente 45 centímetros seria parecido com um pato, um crocodilo e um cisne e nadaria tal e qual como um pinguim. Esta foi a primeira vez que se descobriu um dinossauro com duas pernas capaz de nadar.
A criatura viveu há cerca de 75 milhões de anos, durante o período Cretácico, no lugar que é agora a Mongólia.
"É um animal tão peculiar (...) Combina diferentes partes que conhecemos de outros animais", disse Dennis Voeten, investigador na Universidade de Palacky, na República Checa.
O estudo divulgado na revista Nature foi realizado por cientistas italinos, que batizaram o novo dinossauro de Halszkaraptor escuilliei, em homenagem a François Escuillié, um paleontólogo que se dedicava essencialmente ao estudo de dinossauros.
Paul Tafforeau, co-autor do estudo, garante que o animal conseguia correr, caçar no chão e pescar em água doce.
“A primeira vez que examinei o vestígio, até me questionei se era um fóssil genuíno”, referiu a principal autora do estudo, Andrea Cau, que inicialmente duvidou da autenticidade do fóssil, pelo aspeto do mesmo, mas também porque o vestígio estava nas mãos de um colecionador privado na Mongólia.
Os especialistas decidiram assim, analisar a morfologia invulgar do animal através de exames em 3D ao pedaço da rocha onde estava o fóssil. Com receio de danificar o vestígio arquelógico, os cientistas optaram por recorrer a uma técnica de imagiologia com o fóssil ainda incorporado na rocha. Os exames acabaram por confirmar a autenticidade do fóssil.