"Enquanto a violência continua a intensificar-se em Guta Oriental, milhares de crianças estão a sofrer em silêncio", disse em comunicado o representante para a Síria da UNICEF, Fran Equiza.
E acrescentou: "A situação piora a cada dia. O sistema de saúde desmorona-se e as escolas estão fechadas há quase um mês. As crianças doentes precisam desesperadamente" de ser retiradas.
Segundo a instituição as crianças, com idades entre os sete meses e os 17 anos, sofrem de falhas renais, desnutrição grave e ferimentos relacionados com o conflito.
Equiza disse que pelo menos cinco crianças já morreram por falta de cuidados médicos.
Em Guta Oriental vivem cerca de 400.000 pessoas, que não podem ter acesso a assistência humanitária desde 2013.
Segundo a UNICEF quase 12% das crianças com menos de cinco anos em Guta Oriental sofrem de desnutrição aguda, a percentagem mais alta desde o começo do conflito na Síria, em 2011.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos pelo menos 25 civis morreram e 75 ficaram feridos no início do mês na sequência de bombardeamentos do regime em várias localidades de Guta Oriental.
Há uma semana (dia 03 de dezembro) o Observatório dizia que a região de Guta Oriental estava a ser bombardeada diariamente pela aviação síria e russa.
Lusa