A mulher de 48 anos foi submetida a uma ablação endometrial numa clínica privada, em Marselha, no sul de França. Esta cirurgia é alegadamente menos invasiva do que a histerectomia (remoção do útero), as duas com o intuito de acabar com o período.
Após a operação, em abril, os médicos disseram à mulher que "tudo tinha corrido bem".
Segundo o Le Parisien, a mulher - que pediu para ficar no anonimato - começou a sentir dores agoniantes, não conseguia dormir e urinar era extremamente doloroso. "Parecia que alguém me estava a esfaquear a barriga, mas pensei que estivesse ligado à operação", disse ao jornal francês.
"Falei com os enfermeiros e com o cirurgião. Ele disse-me que estava magra e prescreveu-me comprimidos para as dores, sem fazer qualquer exame."
A francesa foi para casa, mas as dores continuaram. Ao jornal, contou como depois de três dias de "dores horríveis", começou a ter contracções muito fortes. Quando se apercebeu, estava a "dar à luz" uma luva de látex e cinco compressas. As contrações duraram quatro horas e deixaram-na numa "poça de sangue".
Após perceber o que tinha acontecido, a mulher dirigiu-se à clínica para confrontar o cirurgião, mas acabou por ficar chocada com a reação. "Se não está feliz, vá em frente e contacte a minha seguradora."
Foram estas as palavras que o médico terá usado e, na entrevista ao jornal francês, a mulher revelou ainda que ele "nem pediu desculpa".
Depois do incidente, a mulher não conseguiu trabalhar durante vários meses e continuou a sentir dificuldade em urinar.
A reação do médico foi o que levou a mulher a agir legalmente. "A atitude dele levou-me a apresentar uma queixa na justiça".