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EUA receiam que gás sarin tenha sido de novo utilizado na Síria

Os Estados Unidos receiam que gás sarin tenha sido utilizado recentemente na Síria, declarou hoje à imprensa o secretário da Defesa norte-americano, Jim Mattis. O agente neurotóxico sarin já tinha sido usado no noroeste da Síria em março de 2017, como confirmou em outubro a Organização para a Proibição de Armas Químicas.

Tratamento após ataque com gás sarin em Khan Sheikhoun, Síria, em abril de 2017
Tratamento após ataque com gás sarin em Khan Sheikhoun, Síria, em abril de 2017
Ammar Abdullah

Sabe-se que cloro foi utilizado "em várias ocasiões" em ataques na Síria, disse Mattis respondendo às questões dos jornalistas no Pentágono.

"Mas o que nos preocupa mais é a possibilidade de ter sido utilizado gás sarin" recentemente, embora os Estados Unidos não tenham "de momento provas que apoiem essa hipótese".

Organizações não-governamentais e grupos rebeldes "dizem que foi utilizado gás sarin. Por isso procuramos provas", afirmou Mattis.

O responsável pela Defesa dos Estados Unidos advertiu o regime sírio de que seria "errado violar novamente a convenção sobre as armas químicas".

Um alto responsável norte-americano afirmou na quinta-feira que o regime de Bashar al-Assad e o grupo extremista Daesh "continuam a utilizar armas químicas".

Um outro responsável declarou que o Presidente Donald Trump "não exclui qualquer" opção e que "o uso da força militar continua a ser estudado".

As declarações seguiram-se a informações sobre novos ataques com cloro e sarin, incluindo a de um ataque químico na quinta-feira a Douma, um enclave rebelde sitiado no leste de Damasco, que ainda não foi confirmado.