As autoridades israelitas levantaram durante a madrugada a ordem de censura sobre o caso de corrupção que envolve a Bezeq conhecido como "Caso 4000" em que pode estar envolvido o primeiro-ministro Netanyahau. O jornal Haaretz, logo após ter sido levantada a ordem que proibia a publicação das notícias sobre o "Caso 4000", referia:
"Foi levantada a ordem de censura. Foram presas sete pessoas. Entre as quais, Nir Hefetz que foi relações públicas e que continua ligado à família do primeiro-ministro e Shlomo Filber, diretor geral do Ministério das Comunicações, chefe de gabinete de Netanyahu e diretor de campanha"
Nos últimos dois dias, os meios de comunicação social de Israel foram impedidos, por uma ordem judicial, de publicar notícias sobre o processo de corrupção. O mesmo jornal indica:
"Foram também detidos o presidente da Bezeq, Shaul Elovich, amigo da família Netanyahu, assim como a mulher e um filho que ocupam posições de topo na empresa de telecomunicações"
O Haaretz acrescenta que Elovich é também proprietário do portal Walla News "que concedeu a Sara e Banjamim Netanyahu uma grande e favorável cobertura mediática até ao momento em que a polícia começou as investigações".
A diretora executiva da Bezeq, Stella Handler e outro executivo da empresa, Amikam Shorer, foram também presos no domingo sendo que vão ficar detidos "durante os próximos quatro ou cinco dias", informa o Times de Israel que cita fontes policiais. De acordo com a publicação digital Ynet, o chefe do governo e a mulher, Sara, vão ser chamados a depor sobre a eventual troca de favores pela "cobertura noticiosa" favorável no portal Walla News.
Entre as ajudas que Elovitch terá recebido figura a autorização para a compra da empresa de satélites e transmissão por cabo Yes (ignorando questões de concorrência), assim como terá conseguido concessões relativas ao mercado radiofónico.
Empregados do portal Walla já admitiram que receberam instruções para escreverem "textos noticiosos" positivos para a família Netanyahu. Tanto Elovitch como Netanyahu já negaram todas as acusações. Segundo o jornal israelita Hadashotr, os investigadores estão na posse das mensagens entre Sara Natanyahu e a mulher de Elovitch, Iris, além de outra correspondência eletrónica que, alegadamente, demonstram o acordo sobre a troca de favores.
Lusa