Mouzalas, 62 anos, que no final de 2015 e em 2016 geriu o enorme fluxo de refugiados provenientes da Síria e Iraque, será substituído neste importante posto por Dimitris Vitsas, 61 anos, deputado e quadro do partido de esquerda Syriza, no poder, e que ocupava o posto de ministro-adjunto da Defesa.
A remodelação foi decidida na sequência da demissão na segunda-feira da ministra-adjunta para o emprego Rania Antonopoulou, seguida da demissão, no dia seguinte, do seu marido e ministro da Economia, Dimitri Papadimitriou.
A ex-ministra-adjunta foi criticada por ter solicitado, e recebido, um subsídio de habitação de 1.000 euros mensais durante dois anos, e que se dispôs a devolver, mas sem conseguir evitar a demissão. Rania Antonopoulou foi substituída por Athanassios Iliopoulos, um dirigente da Inspeção do Trabalho, e Dimitri Papadimitriou por Yannis Dragasakis, 71 anos, vice-presidente do Governo e muito próximo da equipa de Alexis Tsipras.
Fotis Kouvelis, 69 anos, antigo líder do pequeno partido da Esquerda Democrática (Dimar) foi designado para ministro-adjunto da Defesa, num sinal de abertura do Governo à ala mais moderada da esquerda grega. O ministro das Finanças Euclides Tsakalotos, e o ministro-adjunto, George Chouliarakis, mantêm os seus cargos, quando a Grécia está atualmente a ser avaliada pelos credores sobre a aplicação das reformas.
Tsipras também decidiu manter o ministro dos Negócios Estrangeiros, Nikos Kotzias, envolvido em delicadas negociações com Skopje sobre o diferendo relacionado com o nome definitivo a atribuir ao vizinho do norte, a ex-república jugoslava da Macedónia.
"Tratam-se de alterações restritas da equipa governamental", indicou o porta-voz do governo Dimitris Tzanakopoulos, sublinhando que o primeiro-ministro "agradeceu calorosamente a Yannis Mouzalas pela sua contribuição para o trabalho do Governo".
Lusa