"Muitas ideias, algumas boas e outas não tão boas surgiram na nossa reunião bipartidária sobre segurança escolar ontem na Casa Branca", escreveu esta quinta-feira Donald Trump, na sua página oficial da rede social Twitter.
Na quarta-feira, o Presidente norte-americano tinha acusado alguns dos congressistas e senadores de terem medo da Associação Nacional de Espingardas (NRA, na sigla em inglês), um poderoso grupo de pressão que se opõe a um maior controlo das armas.
"Alguns de vocês estão petrificados (de medo em relação) à NRA e não podem estar", disse.
O mandatário assegurou estar disposto a desafiar essa organização em algumas propostas e sugeriu que, em vez de aprovar leis separadas, o ideal seria fazer passar uma única medida legislativa que aborde vários dos problemas relacionados com os frequentes tiroteios em escolas - como o que causou 17 mortos em fevereiro num liceu em Parkland, Florida - e noutros lugares do país.
Para além disso, Donald Trump demonstrou recetividade ao aumento do controlo dos antecedentes criminais e da saúde mental para a compra de armas de fogo, bem como o aumento da idade mínima, de 18 para 21 anos, para a aquisição destas armas.
Trump sugeriu ainda a possibilidade de confiscar armas a uma pessoa, mesmo sem haver um pedido judicial."O controlo dos antecedentes tem de entrar na discussão. As zonas livres de armas são alvos fáceis para assassinos. Passados tantos anos, é necessário um projeto de lei. Respeito pela 2.ª Emenda!", anunciou Presidente norte-americano, hoje no Twitter.
Nos últimos dias, Trump parece estar a tentar equilibrar dois pesos aparentemente incompatíveis entre si.
Por um lado, "o direito do povo ter e usar armas não pode ser infringido" - 2.ª Emenda da constituição norte-americana - e o término das zonas livres de armas, como as escolas, por outro lado, a possibilidade de confiscar armas a uma pessoa, mesmo sem haver um pedido judicial.
Hoje está programada mais uma reunião sobre a segurança nas escolas.
Lusa