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Ator famoso da Coreia do Sul encontrado morto após denúncias de abuso sexual

Jo Min-ki, cara conhecida dos sul-coreanos, foi encontrado morto no domingo depois de estar a ser investigado por vários casos de abuso sexual. O ator, que participou em várias séries televisivas, era também professor auxiliar numa universidade no centro da Coreia. As denúncias partiram de estudantes que frequentavam as suas aulas.

Ator famoso da Coreia do Sul encontrado morto após denúncias de abuso sexual
Kim In-chul

A polícia confirmou que Jo Min-ki, de 53 anos, foi encontrado morto em Seul durante a tarde de domingo. O ator, que também dava aulas na Universidade Cheongju, estava a ser investigado por várias queixas de abuso sexual por parte das alunas, que remontavam a 2016.

Quando o caso foi aberto, o ator insistiu na sua inocência mas, passado algum tempo, veio desculpar-se pelo sucedido. Depois da polémica, Jo demitiu-se do cargo de professor.

O ator morreu uma semana antes de ser interrogado pelas autoridades. Esta informação veio dar força à tese lançada pela agência de notícias Yonhap, que alega que o caso está a ser tratado como um suicídio, mas a polícia ainda não confirmou.

Jo é um dos homens em posição de poder que recentemente têm sido acusados de assédio sexual por parte de várias mulheres. O movimento #Metoo tem-se espalhado rapidamente pela Coreia do Sul desde janeiro, quando Ahn Hee-hung, secretária de um governador da província de Chungcheong do Sul, acusou o chefe de várias violações.

Kim Hong-Ji

Na altura, o homem também se declarou inocente, mas acabou por se demitir dos cargos políticos que desempenhava, segundo reporta o Asia Times.

Nestes últimos meses tem-se multiplicado o número de denúncias que envolvem nomes conhecidos das artes, entretenimento, cinema e política.

A taxa de suicídio na Coreia do Sul é um das mais altas do mundo. Segundo a BBC, que acompanhou o trabalho de uma equipa especializada em salvamento em casos de tentativa de suicído, a cada 40 minutos há uma pessoa que põe fim à própria vida. Só no ano passado, esta equipa foi chamada cerca de 1500 vezes e salvou 639 pessoas.