"O presidente Xi disse-me ter apreciado que os Estados Unidos estejam a tentar resolver o problema diplomaticamente em vez de usar a opção mais preocupante. A China continua a ajudar-nos", escreveu hoje Trump, numa referência à chamada telefónica com o seu homólogo chinês.
A Casa Branca anunciou na sexta-feira que os dois chefes de Estado estão "comprometidos em manter a pressão e as sanções até que a Coreia do Norte tome decisões para uma desnuclearização completa, verificável e irreversível".
Trump acredita que Pyongyang vai manter a sua promessa de trabalhar para a desnuclearização, uma condição para que se realize o histórico encontro entre si e Kim Jong Un, o líder da Coreia do Norte.
"A Coreia do Norte não realizou qualquer teste de mísseis desde 28 de novembro de 2017 e prometeu não o fazer durante os nossos encontros. Eu acho que eles manterão sua promessa!", afirmou Trump também hoje num 'tweet'.
A agência noticiosa Nova China tinha divulgado as afirmações de Xi Jinping, na chamada telefónica, de agradecimento pelas "intenções positivas" de Washington em alcançar uma "resolução pacífica do problema da península coreana".
A opositora de Trump nas eleições presidenciais, a democrata Hillary Clinton, já comentou que a administração não está a ver o perigo que representam as discussões com Pyongyang.
"Se quer discutir com Kim Jong Un sobre armas nucleares, precisa de diplomatas experimentados. Precisa de pessoas que conheçam bem as questões e saibam decifrar os norte-coreanos e a sua linguagem", afirmou a antiga responsável pela diplomacia dos Estados Unidos a um jornal holandês, acrescentado que o "perigo não é reconhecido pelo governo Trump".
O local e a data da possível reunião entre Kim Jong Un e Donald Trump ainda não estão definidos, mas poderá ocorrer em maio, como afirmou Chung Eui-yong, conselheiro sul-coreano para a segurança nacional.
A Coreia do Norte ainda não respondeu oficialmente ao anúncio, mas o embaixador do país nas Nações Unidas, Pak Song II, afirmou ao jornal Washington Post que o convite surgiu de uma "decisão aberta e voluntária" de Kim Jong Un.
Graças a "esta decisão do nosso líder supremo, podemos garantir a paz e as estabilidade na península coreana", disse.
Lusa