"O Presidente Nicolás Maduro, a nome do Governo e do povo venezuelano, se solidariza com o Governo e o Povo da Rússia e vê com preocupação as medidas de expulsão contra diplomatas russos que os EUA e alguns países europeus estão implementando, com base em acusações infundadas sobre a alegada participação das autoridades russas no caso do ex-espião Serguei Skripal", lê-se num comunicado.
No documento, divulgado em Caracas, a Venezuela "insta a comunidade internacional a cessar essas ações, que violam claramente o direito internacional e as convenções diplomáticas e que apenas conduzem a um aumento das tensões, à instabilidade mundial".
Por outro lado "apela às partes que estabeleçam conversações positivas", orientadas para os esclarecimentos necessários, e condena a aplicação de "medidas unilaterais" pelo que defende "investigações imparciais, em estrito apego ao direito internacional".
O ex-espião duplo de origem russa Serguei Skripal, de 66 anos, e a sua filha Yulia, de 33 anos, foram encontrados inconscientes a 04 de março em Salisbury, no sul de Inglaterra, após terem sido envenenados com um componente químico que ataca o sistema nervoso.
O Reino Unido atribuiu o envenenamento à Rússia, que tem desmentido todas as acusações e exigido provas concretas sobre esta alegação.
Em 14 de março, Londres anunciou a expulsão de 23 diplomatas russos do território britânico e o congelamento das relações bilaterais, ao que Moscovo respondeu expulsando 23 diplomatas britânicos e suspendendo a atividade do British Council na Rússia.
Os Estados Unidos, cerca de vinte outros países - entre os quais 17 da União Europeia (UE) - e também a NATO decidiram desde segunda-feira a expulsão, no conjunto, de mais de uma centena de diplomatas russos dos seus territórios, em apoio ao Reino Unido.
Lusa