A mesma fonte indicou que a aviação militar russa efetuou cerca de 40 ataques nas últimas horas contra Douma, o último bastião rebelde da região de Ghouta Oriental, na periferia da capital.
As Forças Armadas sírias irromperam hoje pelas fazendas de Douma, nos limites da cidade, após o fracasso das negociações entre a Rússia e os combatentes do Exército do Islão, grupo que controla a localidade, para pacificar a zona.
Citando uma fonte da direção da polícia de Damasco, a televisão síria noticiou que pelo menos duas pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas quando o Exército do Islão disparou 'rockets' sobre várias áreas da capital e seus arredores.
As zonas atingidas pelos 'rockets' foram Masaken, Barze, Al-Rabue, Dahie al-Assad, a praça dos Omeyas e Meze 86.
O OSDH confirmou a morte de duas pessoas nesses ataques e acrescentou que se registaram 17 feridos.Durante a última semana, a Rússia e o Exército do Islão realizaram negociações para pacificar Douma e alcançaram inclusive um acordo para evacuar a cidade, que está suspenso desde quinta-feira devido a divergências entre as partes.
O documento estipulava o transporte dos combatentes e dos civis que o desejassem de Douma para Al-Bab e Jarablus, na província setentrional de Alepo e sob o controlo de rebeldes apoiados pela Turquia.
A televisão estatal acusou o Exército do Islão de ter obstruído as conversações.Segundo o OSDH, há uma corrente dentro do Exército do Islão que se opõe à saída dos guerrilheiros de Douma, já que o acordo de evacuação da cidade na prática implica a rendição do grupo rebelde.
Outro dos motivos da suspensão do acordo prende-se com as dificuldades colocadas pela Turquia para a passagem dos autocarros com pessoas retiradas das zonas em poder das autoridades sírias, em Alepo, para as que estão nas mãos dos rebeldes que Ancara apoia.
Douma é o último reduto da oposição que resiste em Ghouta Oriental, onde o exército sírio e seus aliados iniciaram uma operação em fevereiro.
Após os avanços militares e os acordos com as diversas fações islamitas da região, as forças armadas sírias controlam 94% da zona.
Lusa