O secretário-geral da Aliança Atlântica, o norueguês Jens Stoltenberg, disse aos jornalistas que, além do Presidente Bashar al-Assad, a NATO quer também que "os aliados Irão e Rússia tornem possível tanto uma autorização de acesso para os observadores internacionais como para a assistência médica".
Stoltenberg adiantou que estão em curso consultas entre os aliados da NATO quanto à melhor forma de responder aos alegados ataques químicos, dos quais a França diz ter provas, e salientou que "é importante que os responsáveis prestem contas por isso".
Ativistas da oposição síria e equipas médicas deram conta na semana passada de um ataque, alegadamente com armas químicas, contra a localidade de Douma. O ataque fez pelo menos 40 vítimas mortais, ou 70 segundo outras fontes.
O governo sírio disse que não usou armas químicas, e o mesmo diz o seu principal aliado, a Rússia.Por outro lado, uma organização não-governamental indicou hoje que os "últimos rebeldes" de Douma, último reduto dos arredores de Damasco, depuseram as armas e o líder do grupo Jaich al-Islam abandonou a zona dirigindo-se para o norte do país.
"Os combatentes do grupo Jaich al-Islam entregaram as armas à Polícia Militar russa hoje em Douma", refere o Observatório Sírio dos Direitos do Homem. O líder do grupo, Issam Bouwaydani, saiu da zona e dirige-se para o norte da Síria.
A Rússia, país aliado do regime de Damasco, reforçou hoje a presença militar em Douma numa altura em que os Estados Unidos admitem responder de forma bélica contra os alegados bombardeamentos com armas químicas de Damasco no último fim de semana em Ghouta oriental.
O ministério da Defesa da Rússia anunciou hoje que o exército sírio tomou o controlo total de Douma, a maior cidade de Ghouta Oriental e última fortaleza dos rebeldes na periferia de Damasco.
Lusa