Mundo

Ataque químico na Síria foi encenado com ajuda de país "russófobo", diz MNE russo

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, afirmou esta sexta-feira ter "provas irrefutáveis" de que o alegado ataque químico na Síria foi "uma encenação", na qual participaram serviços especiais de um país "russófobo".

Serguei Lavrov, chefe da diplomacia russa.
Serguei Lavrov, chefe da diplomacia russa.
Sergei Karpukhin/ Reuters

"Temos provas irrefutáveis de que se trata de uma nova encenação e que os serviços especiais de um Estado atualmente na primeira linha de uma campanha russófoba participaram nessa encenação", disse o ministro numa conferência de imprensa.

Os Estados Unidos e aliados como o Reino Unido e a França ameaçam atacar a Síria em resposta ao alegado ataque com armas químicas de 7 de abril contra Douma, nos arredores de Damasco.

A oposição síria e vários países acusam o regime de Bashar al-Assad da autoria do ataque, mas Damasco e Moscovo negam.

Lavrov advertiu que uma intervenção militar ocidental na Síria pode "provocar novas vagas de migrantes na Europa".

"Mesmo pequenos excessos podem provocar novas vagas de migrantes na Europa e outras consequências de quem nós nem os nossos parceiros precisam", mas que podem "alegrar os que estão protegidos por um oceano", disse.

O ministro pediu por outro lado aos Estados Unidos que utilizem com Moscovo "métodos diplomáticos, que não incluem ultimatos nem ameaças".

Lusa