Fontes da organização citadas pela agência noticiosa Efe referiram que o Iraque e o Líbano propuseram que o bombardeamento seja o tema prioritário da agenda.
"Ninguém pretendia chegar a este ponto. Todas as partes envolvidas na crise, a começar pelo regime sírio, têm a responsabilidade da deterioração da situação" no país, considerou em declarações aos 'media' o secretário-geral da Liga Árabe, o egípcio Ahmed Aboul-Gheit.
O mesmo responsável revelou que o Presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, e o sultão de Omã, Qaboos bin Said Al Said, não vão estar presentes no conclave que, no entanto, terá uma significativa participação de líderes árabes.
Aboul-Gheit também precisou que, além da questão síria, o Irão será outro tema a abordar durante o encontro.
Os países árabes pediram à comunidade internacional para "alterar" o acordo nuclear com o Irão através da inclusão de uma adenda que faça referência à proibição de um eventual programa de mísseis balísticos por Teerão.
A Síria volta a não estar representada na cimeira pan-árabe após ter sido vetada em 2011, quando se iniciou a guerra no país.
Na sexta-feira, e no decurso de uma reunião preparatória, o ministro jordano dos Negócios Estrangeiros, Ayman Safadi, tinha assegurado que o problema palestiniano é "a prioridade dos árabes", e sublinhado o "perigo" de Israel prosseguir "a ocupação" do território e "a privação do direito do povo palestiniano de possuir um Estado e a liberdade".
Neste contexto, Ahmed Aboul-Gheit, sustentou que a decisão dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel constituía "um desafio sem precedentes" para o problema palestiniano.
Em paralelo, várias centenas de árabes israelitas manifestaram-se hoje em Haifa, no norte de Israel, contra os ataques ocidentais na Síria, num protesto iniciado frente ao consulado norte-americano.
Durante o protesto, foram agitadas bandeiras da Síria e lançadas palavras de ordem anti-norte-americanas e contra o príncipe herdeiro saudita, Mohammed ben Salmane.
Lusa