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Autoridades supeitam que milícias são responsáveis pelo homicídio de Marielle Franco

O ministro da Segurança Pública do Brasil, Raul Jungmann, afirmou esta segunda-feira que a ação das milícias é a principal hipótese investigada pela polícia para explicar a morte da vereadora Marielle Franco, assassinada há um mês no Rio de Janeiro.

Autoridades supeitam que milícias são responsáveis pelo homicídio de Marielle Franco
Ricardo Moraes

"Eles (investigadores) partem de um grande conjunto de possibilidades e vão afunilando pouco a pouco. Estão, praticamente, com uma ou duas pistas fechadas". A "mais provável hipótese (para explicar o assassinato) remete este crime muito provavelmente a atuação das milícias no Rio e Janeiro", disse Raul Jungmann numa entrevista à rádio CBN. A hipótese sobre o envolvimento de milícias no assassinato de Marielle Franco tem sido referida por diversas vezes, mas o Governo brasileiro ainda não havia falado abertamente sobre esta hipótese.

As milícias são organizações criminosas, compostas de ex-polícias ou agentes no ativo corruptos, que controlam diferentes áreas do Rio de Janeiro disputando o controlo de territórios de favelas com traficantes, cuja presença aumentou na última década.

Marielle Franco foi morta numa ação com características de execução a 14 de março, após sair de um evento com mulheres negras. Os assassinos e possíveis mandantes do crime ainda não foram identificados pelas autoridades brasileiras.

Na sua atuação política, a vereadora Marielle Franco costumava defender minorias e denunciar casos de violência contra moradores das favelas 'cariocas'.

Estruturas internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU), a Human Rights Watch (HRW) e a Amnistia Internacional têm exigido publicamente que o Governo brasileiro desvende o crime e puna os culpados.

Lusa