"A investigação está em fase de conclusão. Acredito que em breve teremos resultados", declarou Raul Jungmann, algumas horas antes de uma reconstituição do assassínio.Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro e envolvida na luta contra o racismo, a homofobia e a violência policial, foi morta no dia 14 de março com quatro tiros na cabeça, aos 38 anos.
O carro onde se encontrava ficou cravado de balas e o seu motorista foi igualmente abatido.
A sua morte causou emoção no Brasil e fora dele, mas ainda não foi detido nenhum suspeito.Na quarta-feira, o jornal O Globo divulgou que uma testemunha que colabora com as investigações da polícia sobre o assassínio acusou um outro vereador e um membro de uma milícia de planearem o crime.
Jungmann confirmou ao Uol que os dois indivíduos em questão "estão sob investigação".
Segundo O Globo, a testemunha explicou que o vereador Marcello Siciliano e o ex-polícia militar Orlando Oliveira de Araújo queriam matar Marielle Franco para conter o avanço de ações comunitárias que ela desenvolvia em áreas de interesse da milícia na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.
O vereador Marcello Siciliano disse ao jornal O Globo que o relato da testemunha citada era uma mentira e que ele não conhecia o ex-polícia Orlando Oliveira de Araújo, já condenado e preso por chefiar uma milícia.
A polícia tem prevista para hoje à noite uma reconstituição do assassínio no local do crime, perto do centro do Rio de Janeiro.
"Durante a reconstituição, poderão ser disparados tiros em alguns lugares (...) É por isso que o acesso de peões e de veículos será bloqueado em toda a área", explicou a polícia local num comunicado.
Lusa