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Coreia do Sul e EUA terminam exercícios militares um dia antes do previsto

A Coreia do Sul e os Estados Unidos terminam hoje, um dia antes do previsto, os exercícios militares aéreos que decorriam perto da fronteira norte-coreana, disse à agência de notícias EFE um porta-voz do Ministério da defesa sul-coreano.

Coreia do Sul e EUA terminam exercícios militares um dia antes do previsto
Handout .

"O exercício Max Thunder fica concluído amanhã como estava previsto, mas a manobras de voo terminam hoje e os pilotos só participarão sexta-feira numa sessão informativa", adiantou a mesma fonte.

O porta-voz não quis adiantar os motivos pelos quais os exercícios de voo iriam terminar antes da data programada, mas nos últimos dias a operação Max Thunder levou o regime da Coreia do Norte a congelar o diálogo com Seul.

Na passada semana, Pyongyan mudou drasticamente o tom utilizado nos últimos meses com Seul e Washington, considerando que os exercícios se tratavam de um ensaio para invadir o seu território e que a utilização "de ativos estratégicos norte-americanos" nestas manobras - numa referência aos bombardeiros B-52 - contrariavam o que havia sido expresso na declaração conjunta firmada entre os líderes das duas coreias a 27 de abril.

O próprio Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, considerou durante a sua última viagem à capital norte-americana, esta semana, que o fim dos 'jogos de guerra' contribuiria para que fossem retomados os contactos entre os dois países.

Mais de 100 aeronaves participaram nos exercícios, incluindo os caças furtivos F-22.

Hoje, também, uma alta responsável da diplomacia norte-coreana classificou de "idiotas e estúpidos" os comentários do vice-Presidente norte-americano, Mike Spence, e avisou que a Coreia do Norte pode reconsiderar a cimeira planeada com o Presidente Donald Trump planeada para 12 de junho em Singapura.

A governante norte-coreano referia-se a uma entrevista ao vice-presidente norte-americano, Mike Spence, no canal de televisão Fox News, na segunda-feira, e na qual este afirmava que o processo de desnuclearização da Coreia do Norte podia seguir o modelo da Líbia, que terminou com a morte de Muammar Kadhafi, após este ter renunciado ao projeto de construir a bomba atómica.

Cheo Son-hui questionou ainda se valeria a pena realizar a cimeira com Donald Trump se estas declarações refletem a posição de Washington.

"Não iremos nem implorar aos Estados Unidos por diálogo, nem ter o trabalho de os convencer, se não quiserem sentar-se connosco", acrescentou, de acordo com a KCNA.

Os Estados Unidos prometeram esta quarta-feira uma decisão para "a próxima semana" sobre a manutenção da cimeira histórica prevista para 12 de junho, em Singapura, entre Donald Trump e Kim Jong-un, referindo que tal dependia a partir de agora do líder norte-coreano.