Os investigadores "concluíram que o míssil Bouk-Telar partiu da 53ª brigada anti-aérea com base em Kursk, na Rússia", anunciou hoje o investigador holandês Wilbert Paulissen em conferência de imprensa.
"A 53ª brigada faz parte das Forças Armadas russas", acrescentou Paulissen, da Polícia Nacional Holandesa, citado pela AFP, referindo que as conclusões foram tiradas após a análise detalhada de imagens de vídeo e fotos.
Já o procurador holandês Fred Westerbeke disse que os investigadores têm "feito grandes progressos com a identificação de cerca de 100 pessoas envolvidas no facto", mas disse também que a investigação "ainda não acabou".
Wilbert Paulissen disse que "não se pode confirmar porque o míssil foi lançado" contra o avião e também não quis dar os nomes das pessoas identificadas, mas disse que estas "serão levadas perante a justiça holandesa", que julgará o que aconteceu quando a equipa de investigadores terminar o seu trabalho.
Em setembro de 2016, os investigadores internacionais já haviam concluído que o míssil havia sido lançado da Rússia, mas não disseram quem o havia disparado.
Todos os 298 passageiros e tripulantes morreram
A 17 de julho de 2014, o voo MH17 da Malaysia Airlines, um Boeing 777, seguia de Amesterdão para Kuala Lumpur. Ao sobrevoar o leste da Ucrânia, uma zona controlada por separatistas pró-russos, foi atingido por um míssil. Morreram todas as 298 pessoas a bordo.
A Rússia negou sempre as acusações.