No Palácio de Constantino, em São Petersburgo, na Rússia, o Presidente francês, Emmanuel Macron surge ao lado do homólogo russo Vladimir Putin para lançar um apelo aos EUA e à Coreia do Norte para que continuem a trabalhar para a desnuclearização da península coreana.
"Espero que esta decisão de Donald Trump seja apenas uma falha num processo que deve continuar", afirmou Emmanuel Macron esta manhã na Rússia.
Já a China fala em "oportunidade histórica" que não deve ser desperdiçada.
"A cimeira Coreia do Norte-EUA pode desempenhar um papel fundamental na desnuclearização da península coreana. Nas circunstâncias atuais, esperamos firmemente" que ambas as partes "possam avaliar os recentes desenvolvimentos positivos" e "permanecer comprometidos" na busca por um acordo, , disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang. em Pequim.
Lu Kang rejeitou que a China pudesse ter alguma relação com a suposta mudança de posição de Pyongyang que motivou a decisão de Trump e assegurou que continuará a "desempenhar um papel" na promoção do diálogo.
Além disso, a China disse apreciar o desmantelamento do centro norte-coreano de testes nucleares em Punggye-ri (nordeste do país), que Lu considerou "um importante passo dado pela Coreia do Norte para a desnuclearização".
O desmantelamento da base aconteceu na sequência do acordo firmado entre as duas Coreias a 27 de abril passado, no âmbito da "total desnuclearização da península", e coincidiu com o anúncio do cancelamento da cimeira entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos feito pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.
A cimeira entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e Donald Trump estava prevista para 12 de junho, em Singapura.
Ao cancelar a cimeira, Trump invocou uma "raiva tremenda e hostilidade aberta" por parte da Coreia do Norte.
Contudo, o regime de Pyongyang indicou continuar aberto ao diálogo com os EUA, depois de o Presidente norte-americano ter anulado a cimeira, decisão que o regime de Kim considerou "extremamente lamentável".