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Weinstein sai em liberdade com pulseira eletrónica e pagamento de 860 mil euros

O produtor norte-americano Harvey Weinstein foi hoje acusado de uma violação em 2013 e de uma agressão sexual em 2004 contra duas mulheres diferentes, indicou o Departamento de Polícia de Nova Iorque em comunicado. Saiu em liberdade após pagar 1 milhão de dólares, cerca de 860 mil euros, e com pulseira eletrónica.

Weinstein sai em liberdade com pulseira eletrónica e pagamento de 860 mil euros
Mike Segar

Harvey Weinstein, de 66 anos, entregou-se hoje às autoridades em Nova Iorque no âmbito de uma investigação judicial sobre agressões e abuso sexual, tendo saído em liberdade com pulseira eletrónica e depois de pagar uma caução de um milhão de dólares.

Está proibido de sair dos estados de Nova Iorque e Connecticut.

Este é o primeiro caso judicial contra Harvey Weinstein, sete meses depois de várias denúncias de alegados abusos sexuais e má conduta de dezenas de mulheres no meio da indústria cinematográfica de Hollywood e que desencadeou o movimento internacional "#MeToo" ("eu também").

Segundo a Associated Press, um dos casos que levaram hoje à acusação do produtor remonta a 2004 e estará relacionado com uma queixa apresentada por Lucia Evans, uma atriz estreante na altura, que afirma que o produtor a forçou a fazer-lhe sexo oral.

O advogado de Weinstein, Benjamin Brafman, escusou-se a comentar as acusações, mas anteriormente tinha dito que o produtor nega qualquer alegação de "sexo não consentido".

No total, mais de uma centena de mulheres testemunhou que o produtor de Hollywood tinha abusado sexualmente delas, um escândalo que desencadeou a campanha #Time'sUp, que levou à queda de centenas de homens em lugares de poder de numerosos setores.

Depois das primeiras denúncias, em outubro passado, Harvey Weinstein foi afastado da empresa norte-americana Weinstein Company, que cofundou, e banido de várias associações, nomeadamente da Academia de Cinema dos Estados Unidos, que atribui os Óscares.