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Israel responde com ataques a mais de 30 "alvos militares" na Faixa de Gaza

O exército israelita anunciou esta terça-feira que atacou mais de 30 "alvos militares" em sete locais na Faixa de Gaza, em reação aos tiros de morteiros provenientes do enclave palestiniano.

Israel responde com ataques a mais de 30 "alvos militares" na Faixa de Gaza
Amir Cohen

O porta-voz do exército de Israel, Jonathan Conricus, revelou que foi destruído um túnel e diferentes infraestruturas militares "do Hamas e da Jihad Islâmica".

Jonathan Conricus afirmou aos jornalistas que os disparos realizados desde a Faixa de Gaza e a retaliação israelita foram os incidentes mais relevantes depois do fim da guerra de 2014.

O ataque a Israel com 28 morteiros, na manhã de hoje, não foi reivindicado por qualquer grupo armado, mas o exército israelita atribui a autoria ao movimento islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, e aos seus aliados 'jihadistas'.

"O controlo (da situação) é da responsabilidade do Hamas", disse o porta-voz do exército israelita, enquanto o Hamas acusou Israel de ser "totalmente responsável" pela escalada em curso.

Os 'media' e testemunhas em Gaza confirmaram à agência de notícias espanhola Efe que vários locais foram bombardeados.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já tinha prometido responder com a força aos cerca de 30 morteiros disparados da Faixa de Gaza para o sul de Israel.

"Israel leva muito a sério os ataques contra [o seu território] (...) pelo Hamas e pela Jihad Islâmica da Faixa de Gaza", disse Netanyahu em conferência de imprensa, prometendo que o exército israelita responderia "com a força" a estes ataques.

Entretanto, a Jihad Islâmica felicitou a resistência armada palestiniana pelo ataque contra Israel que, segundo a agência de notícias espanhola Efe, terá causado um ferido ligeiro e que aconteceu dias depois da morte de milhares de milicianos alvos do fogo israelita.

O ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, o chefe do Estado-Maior do Exército, Gadi Eisenkot, e outras autoridades da Defesa reuniram-se na sede do Exército, em Telavive, para avaliar a situação.

A fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel tem vivido momentos de tensão nas últimas semanas, com os palestinianos a promoverem protestos contra o bloqueio imposto por Israel e pelo Egito, após a chegada ao poder do Hamas, em janeiro de 2006.

A tensão aumentou na fronteira com Gaza desde o início dos protestos da Grande Marcha de Retorno, em 30 de março, data em que 121 palestinos foram mortos por disparos do exército israelita.

Lusa