Num estudo divulgado esta sexta-feira na revista Nature Communications, os responsáveis pela investigação explicam que no futuro se podem criar materiais com uma precisão notável que se vão parecer e comportar com o esmalte dentário e que podem prevenir e tratar cáries ou sensibilidade dentária.
No estudo lembra-se que o esmalte dos dentes é o tecido mais duro do corpo humano, que permite que os dentes funcionem grande parte da vida e muitas vezes em condições extremas (alimentos duros ou ácidos ou temperaturas extremas), um desempenho que resulta de uma estrutura (o esmalte) altamente organizada.
Ao contrário de outros tecidos do corpo, o esmalte não se regenera e uma vez que se perde pode levar a dores e mesmo colocar os dentes em causa, problemas que afetam metade da população mundial.
Sherif Elsharkawy, primeiro autor do estudo, considerou que se abrem agora oportunidades para tratar e regenerar tecidos dentários.
O mecanismo que foi desenvolvido baseia-se num material específico de proteína que é capaz de desencadear e conduzir o crescimento de nanocristais de apatite, um mineral do grupo dos fosfatos que pode ser produzido por sistemas biológicos e que está presente nos ossos ou no esmalte dentário.
E abre a possibilidade de criar materiais com propriedades que imitam diferentes tecidos duros, além do esmalte ou dos ossos, permitindo uma variedade de aplicações na medicina regenerativa.
Lusa