Aos quase seis anos e meio frente ao governo espanhol juntam-se outros oito em que esteve nos diferentes gabinetes de José María Aznar (1996-2004) como ministro.
Há apenas oito dias, o líder conservador viu o seu mandato salvo porque, a 23 de maio, o Congresso aprovou o Orçamento do Estado e todos os analistas concordaram que tal permitiria a Rajoy chegar ao fim do seu mandato, em meados de 2020.
No entanto, no dia seguinte, o Tribunal Nacional proferiu a sentença do caso Gürtel, uma teia de comissões e pagamentos opacos entre cargos do PP e empresários que resultou em sentenças de prisão para alguns deles e uma condenação civil ao partido pelo lucro obtido.
A sentença gerou uma enxurrada de críticas contra o PP, que nestes últimos anos acumulou outros julgamentos e acusações de crimes de corrupção.
Em 24 horas, a situação mudou e Rajoy passou a ser visto como o protagonista principal de um partido ligado à corrupção.
A moção de censura socialista atingiu tais proporções que esmagou Rajoy, de quem sempre se disse que não deixa transparecer as suas emoções e que tem muita capacidade para aguentar a pressão.
Com Lusa