A Associação de Pediatras dos EUA realça ainda que esta prática pode causar "danos irreparáveis" com "consequências para toda a vida" dos menores.
"Pensar que um Estado pretende dissuadir os pais (de entrar ilegalmente no país) ao infligir tal abuso sobre as crianças é inadmissível", sublinhou o alto-comissário da ONU para os Refugiados.
"Estou profundamente preocupado pelas políticas recentemente adotadas nos Estados Unidos que castigam as crianças pelas ações dos seus pais", afirmou Zeid, no discurso de abertura da 38.ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Segundo o alto-comissário, nas últimas semanas "quase 2.000 crianças foram separadas dos seus pais".
"Pensar que um Estado pretende dissuadir os pais (de entrar ilegalmente no país) ao infligir tal abuso sobre as crianças é inadmissível", disse o responsável.
De acordo com a Associated Press, centenas de crianças, filhas de imigrantes, estão separadas dos pais, nas instalações da guarda de controlo de fronteira no sul do Texas.
"Insto os Estados Unidos a acabarem imediatamente com a prática de separar à força estas crianças e apelo ao Governo para que ratifique finalmente a Convenção sobre os Direitos da Criança, a fim de assegurar que os direitos fundamentais de todos os menores, qualquer que seja o seu estatuto administrativo, estejam no centro de todas as leis e políticas nacionais", referiu Zeid.
Com Lusa