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Executados sete membros de seita que atacou com gás sarin no metro de Tóquio em 1995

O Governo japonês confirmou hoje a execução de sete membros da seita japonesa Aum Shinri Kyo (Verdade Suprema), incluindo o ex-líder, responsáveis por um ataque com gás sarin no metro de Tóquio, em 1995, que matou 13 pessoas.

Executados sete membros de seita que atacou com gás sarin no metro de Tóquio em 1995
Toshiyuki Aizawa / Reuters

O Ministério da Justiça confirmou o enforcamento de Shoko Asahara, o fundador e guru do grupo Aum Shinri Kyo (Culto da Verdade Suprema), mas não revelou a identidade dos outros seis membros executados.

É a primeira vez que o Governo nipónico anunciou a execução de algum membro desta seita, entretanto extinta.

Shoko Asahara foi condenado à morte em 2006 e desde então encontrava-se no "corredor da morte" juntamente com mais 12 cúmplices do ataque no metro de Tóquio que vitimou 13 pessoas e mais de seis mil pessoas.

"Demorou 23 anos desde o ataque até a pena ser executada", reagiu hoje a mulher de um funcionário da estação de metro que foi morto durante o ataque de 1995.

A lei japonesa estipula que os prisioneiros sentenciados à morte devem ser executados num prazo de até seis meses, depois da confirmação da sentença, mas na prática a sentença demora anos a ser executada.

Fundada em 1984, a seita religiosa, que chegou a ter 10 mil fiéis, transformou-se em menos de uma década numa temível organização capaz de desenvolver agentes químicos e biológicos e armas leves, chegando mesmo a apresentar uma lista de candidatos às eleições gerais de 1990, não conseguindo qualquer representação parlamentar.

Lusa