Mundo

Merkel defende importância da NATO como garantia de segurança

A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu hoje a importância da NATO como garantia de segurança, na sua habitual mensagem vídeo de sábado, dedicada à cimeira de líderes da Aliança Atlântica da próxima semana, em Bruxelas.

Merkel defende importância da NATO como garantia de segurança
Dario Pignatelli

"Também no século XXI precisamos da NATO como garantia da nossa segurança, ou seja, como aliança transatlântica. O particular da NATO é que nos apoiamos mutuamente na nossa respetiva segurança", declarou.


Os desafios para a Aliança mudaram de maneira muito importante nos últimos anos, com "acontecimentos drásticos" como a anexação russa da península ucraniana da Crimeia, em 2014, e as ações militares da Rússia no leste da Ucrânia, o que levou a NATO a tomar decisões e a realizar mudanças profundas, sobretudo na cimeira de Gales naquele mesmo ano.


"Isto significa que nos voltamos a concentrar mais na defesa da aliança e tomamos para isso medidas correspondentes, por exemplo também com a presença dos Estados do centro e do leste da Europa", afirmou.


Mesmo assim, a chanceler sublinhou o interesse numa "relação equilibrada" com a Rússia, referindo que por isso haverá conversações no âmbito da cimeira entre a NATO e Moscovo.


"Mas ao mesmo tempo temos de mostrar decisão na NATO para nos defendermos", adiantou.
Por outro lado, Merkel assumiu o compromisso de aproximar gradualmente até 2024, o objetivo de destinar 2% do Produto Interno Bruto (PIB) a gastos com defesa.


A chefe do Governo de Berlim recordou que nos tempos da Guerra Fria, o gasto da Alemanha em defesa chegou inclusivamente a ser superior e que depois foi adotada uma política de austeridade também no Exército.


Portanto, adiantou, do que se trata agora não é de voltar a armar, mas sim de equipar o Exército alemão perante a necessidade de adaptação aos novos desafios e também às mudanças tecnológicas.


Neste sentido, o gasto em defesa aumentou nos últimos anos e o Orçamento do Estado para 2019 inclui um novo aumento, sublinhou.


Lusa