Esta terça-feira, a operação de resgate permitiu retirar os quatro últimas crianças e o treinador da gruta de Tham Luang, onde a equipa ficou presa, a cerca de quatro quilómetros da entrada, num complexo de túneis com zonas muito estreitas e alagadas pelas chuvas da monção que afetaram a zona.
Cronologia dos dias da operação de resgate:
23 de junho
Uma mãe dá o alerta, depois de constatar o regresso tardio do filho, após um treino da equipa de futebol. As bicicletas e calçado das crianças foram encontradas horas mais tarde, na entrada da gruta. As buscas foram iniciadas, mas foram interrompidas devido à queda da noite.
24 de junho
Durante a noite, a chuva que caíu fez elevar o nível da água de forma acentuada. Mergulhadores foram mobilizados para a gruta.
25 de junho
Os mergulhadores atingiram uma primeira câmara da gruta.
26 de junho
O responsável pela junta Prayut Chan-O-Cha pediu "a mobilização de todos" para encontrar sobreviventes. A equipa de salvamento e busca foi reforçada com várias centenas de pessoas, incluindo dezenas de mergulhadores. Apesar da instalação de bombas para retirar água, o nível está situado em cinco metros.
27 de junho
Uma terceira área desta complexa rede de túneis subterrâneos inundou. Mergulhores britânicos juntam-se à equipa de salvamento durante a noite.
28 de junho
Várias dezenas de militares norte-americanos e outros especialistas internacionais chegaram à gruta de Chiang Rai.
29 de junho
Depois de uma suspensão das operações de mergulho por causa do nível de água muito elevado, apesar das bombas instaladas, as buscas aquáticas foram retomadas. Os socorristas iniciaram a exploração de uma nova via de acesso à câmara onde as crianças e o treinador se encontravam. As equipas de resgate providenciaram 'kits' de sobrevivência, com comida e telefones portáteis.
30 de junho
A água barrenta constituiu uma dificuldade para os mergulhadores, sem visibilidade, e limitou muito o seu progresso através da entrada principal, que se encontrava inundada. A precipitação terminou.
01 de julho
Os socorristas estabeleceram uma base operacional avançada no interior da gruta, a três quilómetros da entrada.
02 de julho
Os mergulhadores avançaram, estimando que estivessem a não menos de 600 metros da zona onde se encontravam as crianças e o treinador. À noite, os socorristas atingiram a câmara e constataram que os resgatados estavam bem.
03 de julho
Víveres e medicamentos foram encaminhados para a câmara. Médicos juntaram-se e aferiram a capacidade das crianças para mergulhar. O bombeamento de água manteve o nível de água o mais baixo possível e tornou a evacuação menos difícil.

04 de julho
A Marinha tailandesa difundiu um segundo vídeo, mostrando as crianças e o treinador a dizerem que estavam "de boa saúde".
05 de julho
Os socorristas mantinham a esperança de que, com a ajuda das bombas, o nível da água baixasse, permitindo que as crianças mergulhassem.
06 de julho
Um antigo membro dos fuzileiros tailandeses morreu por ter faltado uma reserva de oxigénio, depois de ter aprovisionado com víveres as crianças e o treinador.
07 de julho
O treinador escreveu uma carta, tornada pública pelos socorristas. "Peço desculpas a todos os pais", escreveu. Apesar da baixa do nível de oxigénio, uma saída em mergulho da gruta chegou a ser uma hipótese a excluir pelas autoridades.
08 de julho
Quatro das 12 crianças foram resgatadas, cada uma escoltada por dois mergulhadores.

09 de julho
Saída de quatro outras crianças, elevando para oito o número. Faltavam quatro outras e o treinador.

10 de julho
Última operação de resgate. Os 13 membros da equipa de futebol, incluindo o treinador, saíram sãos e salvos.
