Para o antigo candidato presidencial e senador republicano John McCain, de 81 anos, a conferência de imprensa conjunta de Donald Trump e Vladimir Putin constituiu "um dos piores momentos da história da presidência norte-americana.No entender de McCain, uma figura respeitável da política norte-americana, o chefe de Estado norte-americano teve "uma das mais vergonhosas atuações de um Presidente dos Estados Unidos".
"Ficou claro que a cimeira de Helsínquia foi um erro trágico", disse o republicano McCain, que continua a intervir nas grandes questões, apesar de ter um cancro no cérebro.
O presidente da Câmara dos Representantes norte-americana, o republicano Paul Ryan, apelou a Trump, também republicano, para que entenda que "a Rússia não é aliada dos Estados Unidos", em reação também à conferência de imprensa.
"Não há equivalência moral entre os Estados Unidos e a Rússia, que permanece hostil aos nossos ideais e aos nossos valores fundamentais", disse Ryan.
Destacados membros do Congresso, democratas e alguns republicanos, referiram que a presença de Trump e Putin perante os jornalistas foi "uma oportunidade perdida" para o Presidente dos Estados Unidos fazer frente à Rússia.
O senador republicano Jeff Flake escreveu na página pessoal da rede social Twitter que o sucedido "foi vergonhoso".
Ben Sasse, outro republicano no Senado, admitiu ser "estranho" e considerou "errado" Trump sugerir que Estados Unidos e Rússia são os culpados pelo atual mau estado das relações bilaterais, enquanto o senador democrata Chuck Schumer afirmou que, na história do país, um Presidente nunca apoiou um adversário da maneira que Trump apoiou Putin.
O ex-diretor da CIA, John O. Brennan, escreveu, também no Twitter que o comportamento de Trump excede o limiar de altos crimes e contravenções. "Não foi nada menos do que traição", vincou.
Lusa