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Cronologia: incêndios na Grécia e em Portugal são os mais mortíferos do século

Os incêndios em Atenas, que fizeram pelo menos 60 mortos, foram dos mais mortíferos na Europa desde o princípio do século, a par dos que se registaram no ano passado em Portugal e na Grécia em 2007.

Cronologia: incêndios na Grécia e em Portugal são os mais mortíferos do século
Miguel Vidal

França, 1949

Durante o século XX, um dos incêndios mais graves na Europa ocorreu em agosto de 1949, em Landes, França. Morreram 82 pessoas.

A maior parte das vítimas eram bombeiros e militares que tentavam apagar as chamas de um fogo considerado "brutal" e que aumentou de intensidade devido aos ventos fortes que se fizeram sentir no local.

Portugal, 1966

Em 1966, um fogo na floresta de Sintra, na região de Lisboa, provocou a morte a 25 militares que tentavam combater as chamas.

Portugal, 2003

Em 2003, Portugal registou incêndios de grandes proporções, atingindo sobretudo o centro e o sul do país. Morreram 20 pessoas e foram destruídos 425.000 hectares de floresta.

Grécia, 2007/2010

Em agosto de 2007, um incêndio em Peloponeso, a cerca de 250 km de Atenas, fez 63 mortos. O fogo destruíu casas, fazendas e florestas.

Entre julho e agosto de 2010, a zona ocidental da Grécia foi atingida por um incêndio que fez 60 mortos, destruindo povoações inteiras e 250 mil hectares de floresta. Em agosto, reacendimentos fizeram 77 mortos, em Peloponeso e na ilha de Evia.

A maior parte das vítimas mortais foram habitantes de pequenas povoações que tentavam fugir dos locais cercados pelas chamas.

Em 2012, cinco pessoas acusadas de terem provocado os incêndios foram condenadas a 10 anos de prisão por um tribunal do Peloponeso: um vice-presidente da câmara, o chefe dos bombeiros local, um bombeiro voluntário e uma mulher foram considerados responsáveis pelo fogo provocado por um churrasco de cozinha.

Sibéria, 2015

Em 2015, na região russa da Sibéria, um violento incêndio fez 34 vítimas mortais e destruiu mais de duas mil casas.

O fogo que consumiu vastas zonas de floresta no sul da Sibéria propagou-se rapidamente tendo atingido a Mongólia e a zona de fronteira com a República Popular da China, segundo a secção russa da organização ambientalista Greenpeace.

Portugal, 2017

Em junho de 2017, 64 pessoas perderam a vida e mais de 250 ficaram feridas no gigantesco incêndio florestal de Pedrógão Grande, em Portugal.

No mês de outubro do ano passado um outro incêndio na região centro de Portugal fez 50 mortos e 70 feridos. Cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas foram destruídas pelas chamas.

No fim de outubro, os incêndios em Portugal já tinham consumido mais de 418 mil hectares, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Cerca de metade dessa área, 190 mil hectares na primeira quinzena de outubro.

Grécia, 2018

Vários fogos lavram na Grécia, próximo de Atenas, na zona de Corinto e na ilha de Creta.

Até à data, pelo menos 60 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas nos incêndios que arrasaram a cidade costeira de Mati.

Várias vítimas foram encontradas entre o porto de Rafina, a cerca de 30 quilómetros de Atenas, e Nea Makri, 10 quilómetros mais a norte. As pessoas tentaram fugir e atiraram-se ao mar, outras morreram carbonizadas dentro das viaturas.

Com Lusa