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Mortes nos fogos na Grécia já ultrapassam as 60

Pelo menos 60 pessoas morreram e 156 ficaram feridas nos grandes incêndios que estão a atingir os arredores de Atenas, na Grécia. Foi declarado o estado de emergência e o Governo pediu ajuda à União Europeia para combater as chamas.

Mortes nos fogos na Grécia já ultrapassam as 60
Alkis Konstantinidis

Última atualização às 11:08

O presidente da Câmara de Rafina, uma das áreas mais atingidas, disse esta manhã que "o número de mortos está a aumentar", em declarações à Skai TV, acrescentando que "já ultrassapa os 60".

Antes, a Proteção Civil grega tinha feito um balanço de 50 mortos e 156 feridos, alguns em estado crítico. A mesma fonte precisou que 11 dos feridos estão em estado crítico e já se temia que o número de mortes fosse ainda maior, uma vez que os serviços de emergência continuavam a receber telefonemas a alertar para o desaparecimento de pessoas

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Um porta-voz da Cruz Vermelha disse à rede de televisão pública ERT que, depois de terem sido encontrados 24 corpos, os bombeiros descobriram hoje um outro grupo de 26 pessoas, já sem vida, num campo localizado na pequena cidade de Mati.

Todas as vítimas foram encontradas entre o porto de Rafina, a cerca de 30 quilómetros de Atenas, e Nea Makri, cerca de dez quilómetros mais a norte.

Muitas encontravam-se em casa ou nos seus carros. Outras pessoas tentaram fugir do fogo atirando-se ao mar, mas acabaram por morrer afogados. A guarda costeira grega recuperou pelo menos quatro corpos no mar, a uma curta distância dos incêndios.

As chamas levaram a que muitos turistas e também cidadãos gregos fugissem do fogo para as praias a leste de Atenas.

Grécia pede ajuda à UE

De acordo com os bombeiros, ainda existem três incêndios em curso na região de Ática, mas também grandes frentes noutras regiões do país, particularmente na área de Corinto, no Peloponeso, bem como na ilha de Creta.

As operações de combate aos incêndios prosseguiram durante a noite, mas foram prejudicadas por fortes ventos.

Os incêndios devastaram casas, destruíram viaturas e obrigaram a diversas evacuações, com as autoridades a declararem o estado de emergência e a pedirem ajuda europeia.

O pedido formal de ajuda enviado à União Europeia para o envio de meios foi enviado ao final da tarde de terça-feira.

"É uma noite difícil para a Grécia", disse o primeiro-ministro Alexis Tsipras que antecipou o seu regresso para Atenas, depois de uma viagem à Bósnia-Herzegovina, para acompanhar a situação a partir do Centro de Coordenação Unificado.

Já o ministro da Administração Interna (Ordem Pública), Nikos Toskas, pediu cautela aos cidadãos e sugeriu que os incêndios podem ter sido provocados.

Centenas de bombeiros continuam a tentar controlar os grandes incêndios que assolam a Grécia desde o início da tarde de segunda-feira, mas os trabalhos estão a ser dificultados por ventos fortes.

Um dos incêndios, a cerca de 50 quilómetros de Atenas, obrigou à evacuação de três localidades, reduzindo a cinzas dezenas de casas e causando o encerramento ao tráfego durante dezassete quilómetros da autoestrada de Olímpia, que liga a capital com o Peloponeso.

Com Lusa