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PM israelita convoca gabinete de segurança devido a situação em Gaza

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, convocou hoje uma reunião de emergência do gabinete de segurança, para analisar a crise em Gaza, após o lançamento na última noite de mais de 180 rockets pelas milícias palestinianas. Israel respondeu com bombardeamentos contra o Hamas, matando um elemento do movimento radical, uma mulher grávida e a sua filha.

Khan Younis na Faixa de Gaza, após um ataque israelita
Khan Younis na Faixa de Gaza, após um ataque israelita
Ibraheem Abu Mustafa / Reuters

O grupo de ministros deve reunir-se hoje à tarde na base militar Kirya, em Telavive, juntamente com os chefes do Estado-Maior, tenente-general Gadi Eisenkot, do serviço de segurança interno Shin Bet, Nadav Argaman, e do Conselho Nacional de Segurança, Meir Bem Shabat, indicou o site Ynet.

O exército bombardeou na noite de quarta-feira para hoje 140 objetivos militares do Hamas na faixa de Gaza em resposta ao ataque de rockets, um dos maiores dos últimos anos e que causou à volta de duas dezenas de feridos israelitas.

Palestina acusa Israel de matar mulher grávida e filha em ataque aéreo

Três palestinianos morreram nos bombardeamentos israelitas: um miliciano do Hamas, uma mulher grávida e o seu filho de ano e meio, segundo fontes médicas palestinianas.

Enas Khammash, de 23 anos, e a sua filha, Bayan, morreram durante um raide que atingiu Jafarawi, no centro da Faixa de Gaza. O marido de Etnas Khammash ficou ferido, segundo a mesma fonte citada pela agência de notícias France-Presse (AFP).

O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, pediu a intervenção urgente da comunidade internacional para travar a escalada, indicou a agência de notícias palestiniana Wafa.

ONU cancela encontros com Hamas

O coordenador especial da ONU para o processo de paz no Médio Oriente, Nickolay Mladenov, cancelou uma visita e encontros que tinha previsto hoje com líderes do Hamas devido aos ataques a Israel.

A instabilidade na faixa de Gaza aumentou com o início dos protestos da Grande Marcha do Retorno. Pelo menos 162 palestinianos foram mortos a tiro por israelitas na faixa de Gaza desde que começaram a 30 de março as manifestações ao longo da barreira de segurança com Israel para denunciar o bloqueio imposto há mais de 10 anos e exigir o direito de regresso dos palestinianos às terras de onde fugiram ou foram expulsos quando o Estado hebreu foi criado em 1948.

No último mês registaram-se várias escaladas de tensão, com disparos a partir de Gaza, manifestações e tentativas de infiltração e bombardeamentos e disparos israelitas.

Lusa