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Graça Machel considera "extraordinário" acordo de desarmamento da Renamo em Moçambique

A ativista social moçambicana Graça Machel considera um passo com um peso "extraordinário" o acordo entre o Governo e a Renamo, para o desarmamento do principal partido da oposição, assinalando que as lideranças políticas do país precisam do apoio de todos.

Graça Machel considera "extraordinário" acordo de desarmamento da Renamo em Moçambique
Luca Bruno

O acordo sobre a desmilitarização da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) "é um passo extraordinariamente importante, com um significado extraordinário", declarou Graça Machel, citada hoje pelo jornal Notícias, o principal diário moçambicano.

O entendimento entre Filipe Nyusi e o líder interino da Renamo, Ossufo Momade, corresponde aos anseios e compromisso do país de alcançar uma paz duradoura, acrescentou.

"Depois de muitos anos, temos a aceitação de que não só somos irmãos, como temos um Estado único", acrescentou Graça Machel.

No dia 6 deste mês, o Presidente moçambicano anunciou a assinatura de um memorando de entendimento entre o Governo e a Renamo, sobre a desmilitarização e a integração das forças do principal partido da oposição no exército e na polícia.

O chefe de Estado moçambicano não avançou detalhes sobre o conteúdo do documento, mas afirmou que se trata de um instrumento "determinante" nas negociações de paz com o falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que morreu em 03 de maio devido a complicações de saúde.

Além do desarmamento e da integração dos homens do braço armado do maior partido da oposição nas Forças Armadas, a agenda negocial entre as duas partes envolvia a descentralização do poder, ponto que já foi ultrapassado com a revisão da Constituição, em julho.

Lusa