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Mulher russa acusada de influenciar opinião pública norte-americana sobre eleições

Uma mulher russa foi esta sexta-feira acusada de influenciar a opinião pública norte-americana, através dos media, naquele que é o primeiro caso oficial de alegada interferência estrangeira nas eleições de 2018.

Mulher russa acusada de influenciar opinião pública norte-americana sobre eleições
Brian Snyder

O Departamento de Justiça norte-americano revelou a acusação no mesmo dia em que as agências de inteligência do país, numa rara declaração pública, afirmaram que a Rússia, a China, o Irão e outros países desenvolveram esforços para influenciar a política norte-americana e os votantes antes das eleições.

A mulher em causa é Elena Alekseevna Khusyaynova, de São Petersburgo, acusada de ajudar a financiar um órgão de comunicação social poderoso para espalhar a desconfiança nos candidatos políticos norte-americanos e causar divisões em temas quentes como a imigração e o controlo de armas.

Os Estados Unidos da América estão preocupados com as campanhas estrangeiras criadas "para minar a confianças nas instituições democráticas e influenciar o sentimento do público e as políticas governamentais", indicaram as autoridades da segurança nacional.

"Estas atividades também procuraram influenciar a perceção dos votantes nas decisões para as eleições de 2018 e 2020 nos Estados Unidos", acrescentam.

Desde 2015, o grupo criou milhares de perfis falsos nos órgãos de comunicação social, contas de 'email' e redes sociais, que pareciam provir dos Estados Unidos, com o objetivo de "criar e amplificar divisão política e social", nomeadamente em acontecimentos como os tiroteios mortais ocorridos na Cartolina do Sul e em Las Vegas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Ryabkov, por seu turno, disse recentemente que a Rússia não tem intenção de interferir nas eleições nos Estados Unidos ou noutro país.

Por seu lado, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem vindo a rejeitar que tenha havido interferência da Rússia nas eleições de 2016, mas, mais recentemente, mostrou alguma abertura para essa hipótese e também para uma interferência da China e de outros países.

Lusa