O anúncio foi feito hoje pelos serviços deste magistrado, que está a investigar a eventual interferência russa nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016, designadamente através de um conluio com a campanha de Donald Trump.
"Quando soubemos, na semana passada, que tinham sido feitas ofertas a algumas mulheres para fazerem acusações falsas ao procurador especial, pedimos imediatamente ao FBI que investigasse", disse o porta-voz de Mueller, Peter Carr, à AFP.
O jornal The Hill noticiou que tinha sido contactado, tal como outros meios norte-americanos, por uma mulher que se apresentou como tendo trabalhado com Mueller nos anos 1970.
Através de uma mensagem de correio eletrónico, ela afirmou que um homem lhe tinha oferecido 20 mil dólares para acusar o procurador de assédio e agressão sexual.
Este homem apresentou-se como colaborador de um lobista e apresentador de rádio de extrema-direita, Jack Burkman, escreveu a mulher, sem revelar a sua identidade.
Ora, Jack Burkman garantiu em 20 de outubro, na sua página na rede social Facebook, que tinha informações explosivas sobre o procurador Mueller. Acusando-o de alcoolismo, garantiu que dispunha de sete testemunhos de mulheres que tinham sido agredidas pelo procurador nos últimos 40 anos.
Antigo diretor do FBI, Robert Mueller foi encarregado, em 2017, de investigar as suspeitas de conluio entre a Federação Russa e a equipa da campanha de Donald Trump em 2016.
O seu inquérito está a irritar fortemente o multimilionário, que se considera vítima de "uma caça às bruxas".
Lusa