Empresas como o Airbnb, a Netflix ou Lyft (empresa de partilha de carros) tiveram especial acesso a dados de utilizadores do Facebook. A revelação foi feita pelo comité parlamentar britânico, esta quarta-feira, que obteve documentos e emails internos do Facebook, que negociou com as empresas estes privilégios.
Os documentos em causa, revela o jornal “The New York times”, expõem as negociações entre o Facebook e empresas selecionadas, que teriam acesso a informações que, de acordo com a normal política de segurança de dados, não teriam. Assim, algumas normas foram alteradas para que estes privilégios pudessem acontecer.
Estas negociações aconteceram entre 2012 e 2015.
“[Os documentos] São apenas uma parte da história e estão a ser apresentados de uma forma mal interpretada e sem contexto adicional. Tal como qualquer negócio, temos várias conversas internas sobre como pudemos construir um modelo de negócio sustentável para a nossa plataforma. Mas os factos são claros: nunca vendemos dados”, assegurou o Facebook em comunicado, citado pela mesma publicação.
A divulgação destes documentos estava em disputa há mais de uma semana, uma vez que fazem parte de um processo que envolve a rede social e os criadores de uma app.