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Porque morreu Marielle Franco?

Atvista Marielle Franco foi assassinada em fevereiro deste ano quando saía de um evento político no centro da cidade do Rio de Janeiro.

O secretário de Segurança Pública do estado brasileiro do Rio de Janeiro disse hoje que a vereadora e ativista brasileira Marielle Franco foi assassinada porque milicianos acreditaram que ela poderia atrapalhar negócios ligados à apropriação ilegal de terras.


Numa entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o general Richard Nunes acrescentou que o crime estava a ser planeado desde 2017.


"O que entendo hoje é que os criminosos superestimaram o papel que a vereadora (Marielle Franco) poderia desempenhar. Era um crime que já estava sendo planeado desde o final de 2017, antes da intervenção (militar no Rio de Janeiro) ", disse Richard Nunes.


"Ela estava lidando em determinada área do Rio controlada por milicianos, onde interesses económicos de toda a ordem são colocados em jogo (...) A milícia atua muito em cima da posse de terra e assim faz a exploração de todos os recursos. E há no Rio (de Janeiro) , na área oeste, na baixada de Jacarepaguá problemas graves de loteamento, de ocupação de terras", acrescentou.

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Ainda segundo o secretário, Marielle Franco estava a sensibilizar moradores da área sobre a posse da terra e "isso causou instabilidade" e é essa a linha de investigação seguida pelas autoridades, referiu.


Na quinta-feira, a Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma operação para prender milicianos suspeitos de envolvimento no crime, que completou nove meses sem nenhuma conclusão.


Hoje, uma outra ação é realizada pela polícia brasileira, que cumpre mandados de busca e apreensão na casa do vereador do Rio de Janeiro Marcello Siciliano, no bairro da Barra da Tijuca, zona oeste da capital 'carioca'.


Segundo a polícia, o mandado tem relação com os assassínios de Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes.


Durante as investigações do crime, uma testemunha que colabora com a Justiça brasileira afirmou que o vereador planeou o assassínio da colega parlamentar junto com um miliciano chamado Orlando Oliveira de Araújo.


Marcello Siciliano chegou a prestar depoimento à polícia e negou todas as acusações. Marielle Franco foi assassinada em fevereiro deste ano quando saía de um evento político no centro da cidade do Rio de Janeiro.

Lusa

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