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Pelo menos 14 mortos em ataque a hotel em Nairobi

De acordo com a BBC, foram ouvidos esta manhã tiros e explosões, apesar das autoridades terem ontem anunciado o fim das operações.

Pelo menos 14 mortos em ataque a hotel em Nairobi
Thomas Mukoya

Um polícia do Quénia disse ontem que 15 corpos foram levados para a morgue após um ataque a um complexo com um hotel de luxo em Nairobi reivindicado pelo grupo extremista somali al-Shabab. As agências internacionais dão conta de 14 vítimas mortais. De acordo com a BBC, continuam a ser ouvidos tiros e explosões esta manhã, apesar das autoridades terem ontem anunciado o fim das operações.

Os jihadistas afirmaram que foram mortas 47 pessoas, sem dar pormenores, numa nota divulgada pela sua agência noticiosa Shahada.

Segundo a agência norte-americana Associated Press, o polícia que deu informação sobre o número de mortos não quis ser identificado e, quase 12 horas depois do início do ataque, as autoridades quenianas ainda não tinham anunciado se os atacantes estavam mortos, detidos ou se tinham fugido.

Imagens de câmaras de vigilância mostraram pelo menos quatro atacantes.

O complexo DusitD2 inclui, além do hotel, bares, restaurantes, escritórios e bancos, localizando-se num bairro onde vivem muitos norte-americanos, europeus e indianos.

O assalto coordenado começou com uma explosão que atingiu três veículos junto a um banco e um bombista suicida que se fez explodir no átrio do hotel ferindo gravemente várias pessoas, disse o chefe da polícia do Quénia, Joseph Boinnet.

O ataque tem semelhanças com o que foi realizado em 2013 pelo al-Shabab ao centro comercial Westgate, localizado na mesma zona, que deu origem a um cerco de três dias e que provocou a morte de 67 pessoas.

Na segunda-feira, um tribunal em Nairobi decidiu levar três dos suspeitos detidos a julgamento, ilibando um outro por falta de provas.

Desde 2011 que o grupo ligado à Al-Qaeda ameaça retaliar depois de o Quénia enviar tropas para a Somália.

Com Lusa