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Ex-PR ucraniano Viktor Ianukovitch condenado à revelia a 13 anos de prisão

Viktor Ianukovitch foi acusado de "alta traição".

Ex-PR ucraniano Viktor Ianukovitch condenado à revelia a 13 anos de prisão
Maxim Shemetov

O ex-Presidente ucraniano Viktor Ianukovitch, refugiado na Rússia desde a sua destituição em 2014 após a revolta pró-ocidental do Maidan, foi esta quinta-feira condenado à revelia a 13 anos de prisão por "alta traição" na Ucrânia.

Um tribunal de Kiev, a capital ucraniana, "decidiu reconhecer culpado" Ianukovitch e "condená-lo a uma pena de 13 anos de prisão", anunciou o juiz Vladislav Deviatko.

Segundo o tribunal, "pelos seus atos ilegítimos premeditados, Ianukovitch cometeu um crime que comprometeu os fundamentos da segurança nacional ucraniana (...) uma alta traição", explicou.

O antigo dirigente ucraniano, 68 anos, também foi reconhecido culpado de "cumplicidade na instauração de uma guerra agressiva contra a Ucrânia", segundo a mesma fonte.

O advogado de Ianukovitch também anunciou a intenção de recorrer desta condenação.

Eleito Presidente da Ucrânia em 2010, Ianukovitch refugiou-se em fevereiro de 2014 em Rostov do Don, sul da Rússia, após várias semanas de protestos pró-europeus em Kiev, duramente reprimidos.

Foi destituído pelo parlamento em 22 de fevereiro de 2014. O Presidente russo, Vladimir Putin, revelou de seguida que esta fuga foi possível devido a uma operação especial organizada por Moscovo e destinada a resgatar Viktor Ianukovitch.

O ex-Presidente ucraniano foi acusado de "alta traição" na Ucrânia por ter alegadamente pedido a Putin para enviar tropas russas em direção à Ucrânia após a sua fuga para a Rússia.

As novas autoridades pró-ocidentais de Kiev exigiram por diversas vezes a extradição de Ianukovitch, cujo processo decorria na Ucrânia desde 2017.

Lusa