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Pantera negra ultra-rara fotografada pela primeira vez em 100 anos

Uma fêmea leopardo negro, também chamada pantera negra, não era vista e registada há mais de um século.

Pantera negra ultra-rara fotografada pela primeira vez em 100 anos
San Diego Zoo

Os leopardos negros são muito raros, apenas 11% da população mundial destes mamíferos é preta. E em África são extremamente raros, a última observação confirmada de uma pantera negra tinha sido na Etiópia em 1909.

Mas o biólogo norte-americano Nicholas Pilfold deu de caras com uma no Quénia, a primeira confirmação da sua existência em 100 anos.

As primeiras imagens foram captadas após meses de observação e espera no Centro de Conservação de Loisaba em Laikipia. A equipa de investigadores norte-americanos colocou várias câmaras escondidas no ano passado, depois de relatos da população de que uma pantera negra andaria por ali.

"Colocámos ainda mais câmaras nos locais onde se dizia que tinha sido avistada e, em alguns meses, fomos recompensados com vários registos nas nossas máquinas", contou à CNN Nicholas Pilfold, que publicou na sua conta de Instagram uma dessas imagens.

Os leopardos negros, bem como outros animais com esta coloração, têm uma condição denominada melanismo - excesso do pigmento melanina que lhes confere a cor negra, o oposto do albinismo.

Embora o pelo pareça completamente negro, conseguem ver-se as manchas típicas de leopardo com luz infravermelha.

Os leopardos estão em elevado risco de extinção na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza, não se sabendo exatamente qual o seu número no mundo.

Crias de pantera negra nascidas em 2012 no zoo de Berlim. Conseguem ver-se as manchas típicas de leopardo.
Tobias Schwarz / Reuters