O anúncio foi feito pelo ministro dos Transportes canadiano, depois do acidente com uma aeronave da Ethiopian Airlines que vitimou 157 pessoas.
Este é o segundo acidente em seis meses a envolver o modelo da Boeing. O ministro Marc Garneau explica que a decisão acontece na sequência de informação revelada esta quarta-feira, que determina semelhanças entre os dois acidentes com o 737 Max 8.
O Canadá junta-se assim a uma lista de mais de 40 países que suspenderam as operações deste modelo.
O diretor-executivo da Boeing telefonou na terça-feira ao Presidente dos EUA, manifestando confiança nos seus aviões, depois de Donald Trump ter revelado preocupação com o excessivo desenvolvimento tecnológico das aeronaves.
Dennis Muilenburg, diretor-executivo da empresa construtora de aviões, telefonou a Trump, exprimindo confiança nos 737 Max, mas também manifestando preocupação com os danos para a empresa depois dos acidentes com aparelhos deste modelo, segundo fontes que ouviram a conversa, citados pelo jornal The New York Times.
Tornou-se hoje conhecido que a Boeing sabia que o modelo 737 Max tinha problemas de segurança.
O 737 Max 8 foi anunciado como o prodígio da tecnologia e da poupança de combustível, tendo sido entregues 350 mil exemplares e estando mais de cinco mil encomendados.
A construtora norte-americana já perdeu cerca de 30 mil milhões de euros em bolsa desde o acidente na Etiópia. Na segunda-feira, a registou os piores resultados desde o 11 de setembro.