Esta sexta-feira é já considerada como um dos dias mais negros da história da Nova Zelândia.
49 pessoas morreram e pelo menos 20 ficaram feridas. São estes os números que resultaram do atentado a duas mesquitas na Nova Zelândia. Dez pessoas foram mortas na mesquita Linwood Masjid e 30 na mesquita de Al Noor, perto de Hagley Park, na cidade de Christchurch.
O principal suspeito do ataque, um homem que se identificou como Brenton Tarrant nas redes sociais, reivindicou a responsabilidade pelos disparos, que transmitiu em direto na Internet durante cerca de 17 minutos.
Manifesto para justificar intolerância
Os ataques começaram às 13:40 locais, passavam 40 minutos da meia-noite em Lisboa. Antes, o homem de 28 anos deixou um manifesto anti-imigração com 74 páginas, onde procurou justificar as suas ações.
As autoridades neozelandesas detiveram, entretanto, quatro suspeitos, três homens e uma mulher. Informaram ainda que procederam à desativação de uma série de engenhos explosivos improvisados encontrados num veículo após os disparos numa das mesquitas.
As reações
O atentado provocou reações em todo o mundo. Em Portugal, o imã da mesquita de Lisboa classificou o ato como “cobarde” e o Governo enviou condolências às famílias. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que este foi um ataque ao Estado de Direito Democrático.
Na Nova Zelândia, a dureza das palavras, bem como a emoção da primeira-ministra Jacinda Arden, são o espelho do sentimento que se vive naquele país depois do ataque, que considerou um "ato de violência extraordinário e sem precendentes".
Christchurch é a maior cidade da Ilha Sul da Nova Zelândia e a terceira maior cidade do país, com cerca de 376.700 habitantes. A Nova Zelândia ocupa o segundo lugar no Global Peace Index, como um dos países mais pacíficos do mundo.