Ativistas da organização de defesa do ambiente Greenpeace pediram esta segunda-feira ao Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que "pare a destruição da Amazónia", colocando uma grande faixa pendurada nas paredes da Cidade Velha de Jerusalém.
Desde domingo, Bolsonaro realiza uma visita oficial a Israel. Para fazer o protesto, vários membros do Greenpeace subiram com cordas às antigas muralhas de Jerusalém, onde penduraram o cartaz escrito em inglês na frente do hotel em que está hospedado o Presidente brasileiro.
"Vamos lembrar ao Presidente a importância da Amazónia incansavelmente durante todo o seu mandato", frisou um comunicado do Greenpeace Brasil.
A organização quis alertar para o perigo do desmatamento na Amazónia, lembrando que uma área da floresta correspondente a dois campos de futebol é derrubada a cada minuto no Brasil.
O Greenpeace acrescentou, no comunicado, que a Amazónia "é património de todos os brasileiros que está sendo destruído" e que isto "é inaceitável e deve ser detido".
O protesto precedeu uma visita de Bolsonaro à Basílica do Santo Sepulcro, o mais sagrado templo cristão, e também ao Muro das Lamentações, o lugar de adoração mais sagrado para os judeus na Cidade Velha de Jerusalém Oriental, área que permanece ocupada por Israel.
A incursão de Bolsonaro no território oriental de Jerusalém ocupada suscitou críticas da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que reivindica a área como a capital do seu futuro Estado.
Bolsonaro, que chegou este domingo a Israel para uma visita oficial de quatro dias, anunciou a abertura de um escritório comercial em Jerusalém, mas recuou na intenção de cumprir uma promessa de campanha de mover a embaixada brasileira de Telavive para Jerusalém.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, foi para cumprimentar Bolsonaro pessoalmente no aeroporto, perto de Telavive, e, numa ação pouco comum, deverá acompanhar hoje o líder brasileiro na sua visita ao Muro das Lamentações.
Lusa