O partido espanhol Podemos denunciou esta terça-feira que a sua conta de mensagens instantâneas do WhatsApp foi bloqueada na última semana da campanha eleitoral, embora o partido assegure que "cumpriu todas as suas obrigações" e "todos os procedimentos previstos".
"O WhatsApp acaba de fechar a conta do Podemos na qual nós comunicamos com todas as pessoas que nos pediram para fazê-lo através deste canal", escreveu na segunda-feira à noite Juanma del Olmo, secretário de Comunicação do Podemos, na sua conta da rede social Twitter.
Em declarações à agência de notícias Efe, um porta-voz da plataforma WhatsApp explicou que o bloqueio foi aplicado seguindo "os mesmos padrões de execução para todos os utilizadores do WhatsApp a nível mundial".
"Os nossos termos e serviços são explícitos e não permitem mensagens em massa ou programas de terceiros para automatizar mensagens", acrescentou a mesma fonte.
No entanto, o Podemos garantiu à Efe ter "o consentimento expresso" de cada um dos usuários para quem envia informações e acrescentou que contratou os serviços de uma empresa autorizada pelo WhatsApp "a mesma com a qual trabalham os restantes partidos".
"A nossa equipa de gestão cumpriu os procedimentos estabelecidos nas condições de utilização da aplicação, solicitando especificamente e através do canal estabelecido a verificação das contas", explicou o Podemos. Para a divulgação das mensagens durante a campanha, o partido Podemos contratou uma empresa que forneceu um software de reenvio de mensagens que inclui um "controlo automático".
A direção do partido referiu que o diretor do partido e o responsável das redes sociais do Podemos se dirigiram hoje de manhã à sede do Facebook e do WhatsApp, cujos responsáveis se "recusaram a recebê-los".
O primeiro-ministro socialista espanhol, Pedro Sánchez, convocou eleições legislativas antecipadas para 28 de abril, as terceiras em menos de quatro anos, depois de o parlamento ter chumbado em 13 de fevereiro último o seu projeto de Orçamento para 2019.
A queda do Governo deveu-se principalmente à falta de apoio dos partidos independentistas catalães na aprovação do Orçamento para 2019, depois de estas mesmas formações políticas terem ajudado em junho do ano passado o PSOE a chegar ao poder.
Lusa