Mundo

China exige aos EUA que retirem sanções unilaterais contra as suas empresas

Washington impôs sanções à importadora de petróleo chinesa, Zhuhai Zhenrong por violar "a lei dos EUA ao comprar petróleo" do Irão.

China exige aos EUA que retirem sanções unilaterais contra as suas empresas
China Stringer Network

A China exigiu hoje aos Estados Unidos que retirem as sanções impostas à petrolífera estatal chinesa Zhuhai Zhenrong por alegada violação das restrições impostas à compra de petróleo bruto iraniano.

"Opomo-nos a que os Estados Unidos oprimam e sancionem empresas e cidadãos chineses ao acaso. Exigimos que os Estados Unidos corrijam essas ações impróprias e retirem as sanções ilegais", afirmou a porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, em conferência de imprensa.

Washington impôs sanções contra a Zhuhai Zhenrong e o seu diretor executivo, Li Youmin, por violar "a lei dos EUA ao comprar petróleo" do Irão.

Hua expressou "forte condenação" de Pequim e afirmou que as "sanções unilaterais" de Washington vão contra o direito internacional e as relações internacionais.

"A cooperação com o Irão sob as leis internacionais é normal, razoável e legal, e deve ser respeitada e protegida. Os Estados Unidos ignoram os direitos legítimos de todos os países e usam sanções aleatórias", acusou a porta-voz.

Hua apontou que "a China tomará as medidas necessárias para salvaguardar" os "direitos e interesses legítimos" do país.

O anúncio desta segunda-feira surge numa altura de escalada nas tensões entre Washington e Teerão, depois de ataques a navios e drones e da captura, na sexta-feira passada, pelo Irão, de um petroleiro britânico.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na segunda-feira que está cada vez "mais difícil" chegar a um acordo com o Irão que permita reduzir as tensões entre os dois países, afirmando que Teerão "desrespeitou" Washington.

Em maio do ano passado, os EUA anunciaram a retirada do acordo nuclear multilateral com o Irão, alegando que Teerão violou o espírito do tratado com o propósito de desenvolver armas nucleares em segredo.

Em novembro de 2018, os EUA restauraram as sanções sobre a exportação de petróleo bruto iraniano, embora tenham concedido à China, principal cliente do petróleo daquele país, uma isenção de seis meses para encontrar fornecedores alternativos.

Lusa