A polícia de Hong Kong anunciou hoje ter detido 51 pessoas numa operação na qual apreendeu material ligado à produção de bombas incendiárias e explosivos usados durante as manifestações pró-democracia.
A ação policial teve como alvo 48 locais e decorreu hoje e na segunda-feira, resultando na detenção de 44 homens e sete mulheres, pode ler-se num comunicado das forças de segurança.
Os detidos são suspeitos do crime de posse de arma ofensiva, reunião ilegal, posse de produtos perigosos e de materiais para serem usados para fins ilegais.
A polícia voltou a condenar a violência crescente e sublinhou que o fabrico ou armazenamento de produtos perigosos é irresponsável, pois representa uma séria ameaça aos moradores próximos e à segurança pública.
O Governo de Hong Kong retirou já formalmente a polémica proposta de emendas à lei da extradição, na base da contestação social desde o início de junho.
Contudo, os manifestantes continuam a exigir que o Governo responda a quatro outras reivindicações: a libertação dos manifestantes detidos, que as ações dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial e, finalmente, a demissão da chefe de Governo e consequente eleição por sufrágio universal para este cargo e para o Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong.