O Parlamento Europeu deu hoje "luz verde" a Elisa Ferreira para assumir o cargo de comissária europeia, adiantou à SIC fonte parlamentar.
A comissária indigitada por Portugal para o futuro executivo comunitário mereceu, assim, um parecer favorável da comissão do Parlamento Europeu responsável pela sua audição.
Elisa Ferreira, a quem a presidente eleita da nova Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, atribuiu a pasta da Coesão e Reformas, foi aprovada "tecnicamente" por unanimidade por todos os grupos da comissão parlamentar de Desenvolvimento Regional, uma vez que a coordenadora do Identidade e Democracia (extrema-direita), Francesca Donato, que se manifestou contra a aprovação da portuguesa, saiu da sala antes da votação, especificaram as mesmas fontes.
Na audição, realizada esta quarta-feira, perante a comissão de Desenvolvimento Regional da assembleia europeia (com a participação de eurodeputados das comissões de Orçamentos e de Assuntos Económicos e Monetários), Elisa Ferreira apresentou o seu plano de trabalho.
Dirigindo-se aos eurodeputados, na declaração inicial da sua audição, a comissária indigitada por Portugal apresentou as seis "tarefas fundamentais", algumas delas "urgentes", que a presidente eleita, Ursula Von der Leyen, lhe confiou, nomeadamente a necessidade de "um acordo célere" com a assembleia europeia para que os programas das pastas que tutela possam estar a "funcionar em pleno" desde o primeiro dia.
Para Elisa Ferreira, reformas e coesão têm de "trabalhar em conjunto" e reforçar-se uma à outra, não o contrário.
Reiterando várias vezes a sua intenção de trabalhar em cooperação próxima com o Parlamento Europeu, e de apresentar resultados práticos nos primeiros 100 dias no cargo, a comissária indigitada por Portugal propôs-se a promover o desenvolvimento sustentável de cidades e áreas urbanas, iniciando a discussão já em janeiro, no Cities Forum, na sua cidade natal, o Porto.
Elisa Ferreira ao lado dos eurodeputados na luta para reduzir os cortes na coesão
Enquanto comissária responsável pela Coesão e Reformas, a antiga ministra dos governos chefiados por António Guterres - primeiro do Ambiente, entre 1995 e 1999, e depois do Planeamento, entre 1999 e 2002- e antiga eurodeputada (2004-2016), quer dedicar uma "atenção particular" as regiões ultraperiféricas e comunicar aquilo que as pastas que irá tutelar já fizeram pelos cidadãos".